PAINEL UNIMED Interoperabilidade e Segurança em Saúde
Palestrante: Arnaldo Passafini Neto, Unimed Fesp
Tema: A interoperabilidade de Sistemas de Informação como Meio de Empoderamento dos Indivíduos
Os silos de informação são muito individualizados, então precisamos integrar as informações entre os diversos setores: medicina diagnóstica, pronto atendimento, clínicas, atendimento domiciliar, entre outros, de forma que um sistema converse bem com o outro. Quando há vários fornecedores, a integração é ainda mais complexa.
Há vantagens para todos quando essa interoperabilidade funciona, como por exemplo facilidade de registro eletrônico, visualização do histórico de saúde do paciente, histórico de atendimento em outras unidades, etc. Para o paciente, os ganhos são: visualização de exames realizados e do próprio histórico de saúde. Levando-se em conta toda a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o paciente vai ter o poder de disponibilizar ou não seus dados.
Todos que estão envolvidos nessa cadeia de transformação digital são importantes e devem ser ouvidos.
São imensos os ganhos na saúde através da interoperabilidade clínica.
Palestrante: Rodrigo Ravaglio, CIO Unimed Curitiva, Univision
Tema: Plataformas de Gestão de Saúde Individuais
O app Unimed Cliente em 1 milhão de vidas, e é a ponte entre o usuário e as singulares. Cada singular habilita o cardápio do app de acordo com sua gestão e realidade administrativa.
Temos o chatbot que tem facilitado a gestão de atendimento, com redução do quadro de back office e fornecido mais agilidade. Fazemos integração com outros robôs e a consequência é menos intervenção humana.
Inteligência Artificial (IA): Em Curitiba, utilizamos a IA na biometria com georreferência e na auditoria médica na segunda consulta, por exemplo. Gestores da Unimed são doutorandos, então tem sido muito bom unir o ambiente corporativo ao acadêmico.
A plataforma de gestão de saúde é a “QUER”, composta por app e portal web. Temos o perfil de saúde do usuário, questionários, programas e orientações. O paciente insere informações e agrupamos tudo para a operadora montar programas e monitorar os pacientes, que tem uma percepção de “estão cuidando de mim”. É a possibilidade de mostrar que cuida-se da saúde e não da doença dos pacientes.
Hoje muitos pacientes têm diversos dados e aplicativos na área da saúde; ficam perdidos e não sabem como utilizar tudo isso para cuidarem da saúde. A plataforma “QUER” atua nessa dor.
Com as orientações aos pacientes evitamos a sinestralidade também. Se a gente cuidar preventivamente, vai custar menos do que fazer a correção depois.
Abandonamos a forma de desenvolvimento tradicional.
Palestrante: Eliézer Pimentel, CEO da CloudMed e BioDoc
Tema: Reconhecimento Facial e Ferramentas de Auditoria para Atendimento
Desenvolvemos ferramentas de reconhecimento facial para mais segurança e transparência.
Nos deparamos nas auditorias com a seguinte questão: Como garanto que a informação colhida realmente é do paciente em questão? Encontramos o reconhecimento facial como uma resposta.
Ele é tendência mundial. Hoje já desbloqueamos um celular, por exemplo, pelo reconhecimento facial. Pagamentos via identidade facial já são comuns em outros países, sem precisar digitar senhas.
A redução de riscos e fraudes, a redução de custos, a fácil implantação e a segurança nas autenticações são as principais vantagens.
Um tipo comum de fraude é emprestar a carteirinha do plano de saúde para outra pessoa usar. A identidade facial impede que isso aconteça.
Há possibilidade de integração do nosso sistema com catracas e pontos eletrônicos.
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Debate:
Existe receio por parte do paciente na inserção de dados pessoais nos apps e sistemas?
Se o paciente tiver a segurança da informação e perceber os inúmeros benefícios da inserção de dados, vai engajar.
O Estado vai regular ou deixar para o mercado se autorregular em relação à interoperabilidade?
O Estado é um dos maiores interessados na interoperabilidade. Possivelmente haverá integração entre público e privado. As certificações de dados vão ajudar no processo.
A regulação é necessária e poderá ser um braço da LGPD para tratar dados de interoperabilidade em saúde. Hoje estamos num momento prévio, quando há muita informação, mas o ecossistema está se organizando.